A Argentina entra na Copa América deste ano com a esperança de que terá mais sorte após os desgostos nas últimas temporadas. Após a derrota na prorrogação na final da Copa do Mundo de 2014, derrota nos pênaltis no Chile, 12 meses atrás. Mas, mais uma vez, eles começam como favoritos.
O Brasil foi campeão quatro vezes nos últimos 20 anos e, depois das exibições altamente decepcionantes nos últimos dois anos, estará desesperado para mostrar serviço.
Os Chilenos são os atuais campeões, mas longe de Santiago eles só são classificados como favoritos ao lado dos anfitriões deste ano, os EUA.
Atrás deles, o Uruguai é melhor avaliado desta vez graças , principalmente, ao retorno de Luis Suarez – apesar da lesão que ele teve na final da Copa del Rey ser uma preocupação – enquanto se espera que a Colômbia e o México tenham um bom desempenho, dentro das suas reais condições.
Este torneio chega ao final de uma temporada, com seis rodadas de qualificação para o Mundial CONMEBOL e com mais seis rodadas programadas para setembro, outubro e novembro.
Ainda tem os Jogos Olímpicos na América do Sul neste mesmo período. Portanto, o curto tempo de intervalo entre os jogos e a gestão das condições físicas dos jogadores serão amplamente discutidos.
Assim, este torneio pode proporcionar algumas surpresas. Brasil, Argentina, Colômbia e México vão participar nos Jogos Olímpicos, portanto a maneira como eles irão encarar estes dois torneios poderá ser a chave para encontrarmos o vencedor.
Conteúdos deste artigo
Copa América – Confira como estão os grupos
Grupo A:
Os Estados Unidos beneficiaram-se do estatuto por serem anfitriões, mas não haverá jogos fáceis no Grupo A, que tem ainda Colômbia, Costa Rica e Paraguai. Os EUA costumam difícultar a vida de adversários maiores, mas quando tiveram a oportunidade de ganhar a Gold Cup em casa, no torneio passado, eles terminaram a competição em quarto lugar.
Muito se esperava da Colômbia um ano atrás, mas eles pareciam não ter a mesma energia e performance como em 2014. Jose Pekerman ainda está no comando da seleção, com duas vitórias e seis gols, o que poder significar que a Colômbia tenha retomado sua velha boa forma.
A Costa Rica foi a surpresa no Brasil em 2014, chegando às quartas-de-final e sendo eliminada somente nos pênaltis. Possuem três vitórias em quatro Eliminatórias da Copa do Mundo sob o comando de Oscar Ramirez, sugerindo que serão um duro adversário, apesar do estilo de jogo pouco atrativo.
O Paraguai completa o Grupo A e espera repetir sua campanha nas semis do ano passado. Paulo da Silva, Justo Villar e Roque Santa Cruz ainda estão na equipe, após 16 anos de carreira internacional, tendo o peso do idade como grande obstáculo.
Grupo B:
O Brasil, como sempre, é o grande favorito no seu grupo. No entanto, seu objetivo é muito mais focado em ganhar o ouro olímpico no RJ. A prova disto é a ausência de Neymar neste torneio. Após ficar em terceiro lugar nas Eliminatórias da Copa do Mundo, aumentou a pressão sobre Dunga e, se ele ainda for o técnico nos Jogos Olímpicos, o Brasil certamente precisará ter um desempenho melhor do o do ano passado.
O Equador, assim como o Brasil, também fracassou no Chile e, apesar de ter no mesmo grupo um México com time misto, não teve bom um desempenho em um grupo fácil como este.
O Haiti deverá ser o saco de pancadas do Grupo B. Eles não marcaram em cinco jogos até aqui: amistoso com a Colômbia e contra adversários igualmente fracos como Panamá, Trinidad e Tobago e Jamaica.
O Peru terminou em terceiro lugar em 2011 e 2015, passando na fase de grupos nas últimas 7 Copas. No entanto, eles podem ter dificuldades para conseguir o mesmo desta vez. Claudio Pizarro e Jefferson Farfan são as principais ausências, além de Luis Advincula, Juan Vargas e Carlos Zambrano.
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Grupo C:
O Grupo C é liderado pelo México que vinha com equipe mista, pois preferiu dedicar-se a CONCACAF Gold Cup. Desta vez, eles parecem muito mais perigosos. O México ganhou a Gold Cup em 2015 com mérito e começou as eliminatórias da Copa do Mundo com um aproveitamento recorde de 100% após quatro jogos, marcando 10 vezes e não sofrendo nenhum gol.
A liderança do grupo do México será desafiada pelo Uruguai, e há razões para La Celeste ser muito mais perigosa este ano. Principalmente devido ao regresso de Luis Suarez. Ela lidera as eliminatórias da América do Sul, tendo sua única derrota na altitude contra o Equador, e não será nenhuma surpresa ela tiver a defesa menos vazada, já que a dupla defensiva do Atlético de Madrid tem se destacado na temporada Europeia.
A Jamaica impressionou muitos com a sua competitividade no Chile no ano passado, perdendo apenas por 1-0 em três jogos. Não devem ser ignorados, ainda mais que agora eles têm Wes Morgan, o capitão da defesa vencedora da Premier League – enquanto a maioria dos jogadores da seleção Jamaicana joga na Liga Americana – e, portanto, os Reggae Boyz devem ter, pelo menos, uma defesa sólida.
Se conseguirem uma vitória, a melhor aposta será no jogo de abertura contra a Venezuela, que está no fundo do poço nas eliminatórias da CONMEBOL de 2018 após sofrer 17 gols nos primeiros seis jogos.
Grupo D:
Após os fracassos das últimas temporadas, a Argentina olha para este torneio como uma chance de reabilitação e certamente vai dar mais importância do que aos Jogos Olímpicos. Todas as estrelas argentinas foram convocadas, inclusive Carlos Tevez, a única surpresa, mas que continua em alta com inúmeros fãs.
O Chile é o atual campeão e de forma impressionante, marcando mais que o dobro de gols do que qualquer outra seleção na fase de grupos, e lidou bem com a pressão de ter que jogar em casa diante de sua torcida. E tudo isto após um excelente desempenho na Copa do Mundo de 2014. Posteriormente, derrotou o Brasil na abertura das eliminatórias da Copa do Mundo, em outubro, mas com um desempenho um pouco abaixo do esperado, talvez devido à saída do treinador Jorge Sampaoli, em janeiro.
O Panamá qualificou-se em repescagem diante de Cuba, em janeiro. Eles ficaram em terceiro lugar na Gold Cup do ano passado, conseguindo a vaga. Porém, vale lembrar que eles não conseguiram vencer nenhum dos seis jogos naquela competição – na verdade, eles empataram em todas as seis partidas e venceram o México na prorrogação.
A Bolívia chegou às quartas-de-final em 2015, mas sem nunca ter vencido nenhum jogo nesta competição desde a final em 1997, onde eram anfitriões os jogos eram em uma altitude de 3.637 metros, em La Paz. Se eles conseguirem vencer o Panamá já terá sido uma campanha de sucesso.
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Conclusões:
Nossos rankings colocam a Argentina no topo, à frente do Chile e, em seguida, Brasil, Colômbia, Equador, Uruguai e México – todos os quais se classificaram no “top 11” do mundo. Enquanto há um pouco de vantagem para a Argentina na nossa classificação, os seis seguintes são muito difíceis de separar. Abaixo, a Costa Rica está com um ranking alto devido à sua performance na Copa do Mundo, mas os EUA estão no 9º lugar e certamente têm melhores equipes ao seu lado.
Com tantos jogos-chave na primeira rodada do Grupo A, o que indicamos a olhar a seguir é:
Grupo A/B – na fase de grupos, olhar os vencedores entre Colômbia x USA e Brasil x Equador.
Grupo C/D – Se o México vencer ou empatar com o Uruguai e a Argentina vencer o Chile, o México é o favorito. Se o México vencer ou empatar com o Uruguai e a Argentina perder para o Chile, a Argentina é a favorita. Se o Uruguai vencer o México e a Argentina perder para o Chile, o Uruguai é o favorito.
Imaginamos que o México será forte na sua estréia e que a Argentina provavelmente será muito mais forte diante Chile e com vontade de vingança, o que daria ao México melhores hipóteses do que a maioria dos favoritos. O México é o sétimo favorito em 10/1, mas o Equador é o próximo nas apostas com 40/1 por estar subestimado. Além disso, se vencerem no seu grupo, teriam uma vantagem extra de dois dias de descanso, o que seria muito útil para o caminho até a taça.
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